Alguns teólogos do Século XIX olhavam para a vida de Jesus e pensavam: "Ele fracassou". George Strauss, no fim do Século XIX, zomba dizendo: "Ele não tinha poder. Seus amigos morreram sós, abandonados, traídos e em sofrimento. Morreram sem glória". Strauss, apesar de irônico e crítico, acertou em sua afirmação: "Morreram sem glória". A minha e a sua vida possuem um propósito maior debaixo dos céus: É a glória do nosso Deus. E mesmo a nossa aparente glória humana deve visar uma só coisa em nossa existência: Ser lançada aos pés de Cristo.
Gostamos de lembrar em nossos sermões, em nossas reuniões, de episódios nos quais Deus interveio; e interveio sobrenaturalmente.
- – Fechou a boca de leões; esfriou o fogo de uma fornalha; partiu o mar ao meio; derrubou fortes muros de grandes cidades; derrubou gigantes; esmagou reis e reinos; fez o sol parar; enviou anjos para fortalecer um exército enfraquecido; deu vista a cegos; limpou a pele de leprosos; fez até mortos ressuscitarem.
Entretanto, há momentos em que Deus não intervém milagrosamente! Mesmo presente, Senhor da história, dono da situação, o Pai amoroso não intervém! O livro de Hebreus fala de um grupo de homens que chamamos, "galeria dos heróis da fé". O que temos ali, senão: homens morrendo, cortados pelo meio, lançados em covas de leões, torturados, maltratados sem libertação; vemos ali mulheres que perderam repentinamente e tragicamente os seus maridos e pais de seus filhos.
Quando Deus não intervém; quando a cura não vem; quando a bênção não chega! Irmãos contaminados pelo HIV que, após anos de oração, fazem o teste e continuam soros-positivos; queridos que estão no leito de morte nos hospitais; a igreja ora e mesmo assim eles se vão; filhos que são retirados de nós tragicamente no acidente em uma estrada; amigos que são colhidos do nosso meio por um repentino e fulminante ataque do coração; pastores, presbíteros e líderes da igreja que se vêm limitados pelo diabetes, pelo câncer, pela paralisia, pelo derrame, cegueira ou surdez, pelo tiro desferido por um assaltante em fuga.
E DEUS NÃO INTERVÉM. A cura que não acontece! A bênção não vem!
Que Deus é este que vê seus filhos sofrerem sem lhes retirar a dor, a doença, o espinho, o choro? Alguém disse certa vez que, “nos voltamos para Deus procurando ajuda quando os nossos alicerces estão estremecendo para então descobrirmos que é Deus quem os faz estremecer”. (desconhecido)
Deus está no controle dos incontáveis momentos da sua vida. Está no controle do alicerce, da fundação da sua existência. Se o sofrimento vier, se a provação chegar, se a cura não acontecer, se um acidente lhe tirar aquilo que você tem de mais precioso na vida, saiba que no projeto do Reino, além do horizonte, além da sua e da minha visão, além da nossa limitada realidade do momento, o nome do nosso Deus será glorificado. E glorificar o nome de Deus deve ser a prioridade da Igreja.
Nós não chamamos isso de fatalidade, de destino, de acaso, de sorte ou de coisas da vida. Nós chamamos isso de Soberania de Deus.
E a pergunta que cada um de nós deve fazer durante momentos de crise pessoal é: Será que realmente eu confio no caráter de Deus?
Um comentário:
ahhhh, como eu gostaria de ver um comentário do Ricardo Gondim sobre esse texto!!!!
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