7 de dez. de 2009

A batalha torna-se renhida

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Marcos 14:34 – “...A minha alma está profundamente triste até a morte. ...”
 
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Marcos 14:32-42 (Mateus 26:36-46; Lucas 22:39-46)
Hebreus 2:10 (“aperfeiçoado pelos sofrimentos”)
Hebreus 5:8 (“Ele aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”)
Efésios 6:18 (ênfase sobre a oração)
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Será realmente, que temos uma clara noção do quanto foi o sofrimento que nosso Senhor Jesus passou por cada um de nós? Me preocupo sempre pelo fato que temos uma tendência de apaziguar em nossas consciências as verdades bíblicas, por tornarem-se fato conhecido em nossas vidas. Este é um claro exemplo. Nunca nos esquecemos e até louvamos por nossa salvação em Cristo, mas será que temos claro em nossas mentes, a que preço tivemos essa graça? Lembramos com frequência o que custou para o nosso salvador, ser obediente até a morte e morte de cruz?


Em agonia...” (em Lc 22:44) e “...cheia de tristeza...” (em Mt 26:38) descreve o momento dramático da luta interior pelo qual Jesus passou. Esta expressão “até a morte” revela tudo o que o Cristo estava sentindo em Seu interior: Ele estava a ponto de morrer, por causa da tristeza; Sua alma estava partida, Seu espírito estava quebrantado, Sua mente estava agitada no mais alto grau.

A palavra que Marcos utiliza no grego para expressar a idéia do que Jesus estava sentindo naquela hora era aterrorizado, e Lucas expressa esta condição terrível porque passou o Senhor, acrescentando: O Seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão.” (Lc 22:44); Todo este sofrimento estava revelando a humanidade do Cristo e Sua condição de Sumo Sacerdote, Jesus esvaziou-se dos "atributos" divinos, tornando-se igual aos homens (Fl 2:7), e ficou limitado à Sua humanidade, de acordo com as nossas próprias limitações.

Portanto sofreu, aprendeu a obedecer e foi aperfeiçoado como homem (Hb 5:9), e esse é o processo pelo qual devemos entrar e experimentar (Hb 2:10), se é que estamos seguindo o Seu exemplo.
Neste momento Ele sabia de tudo o que haveria de acontecer, e tudo o que Ele iria enfrentar, Ele sabia, porque para isso Ele estava ali. Esta amarga tristeza era pelo fato que Ele sabia dos sofrimentos físicos que teria de suportar, como também por causa da pesadíssima carga que Ele já começara a arcar, sob o peso dos pecados do mundo inteiro. E mais, Ele já podia experimentar a maior e mais triste realidade da vida humana, que é estar separado de Deus, pois este é o preço pelo pecado. É o que todo esse texto e contexto ensinam: expiação, identificação com os homens em suas tristezas, e o pesado fardo que traz o pecado.
No Getsêmani que significa lugar de azeite, o Senhor viu a grande nuvem negra da impiedade que se abatia sobre Ele. Jamais conhecera a contaminação desse dilúvio negro. Foi como se houvesse sido batizado nessa horrenda nuvem. Sua alma estava perplexa, Sua natureza humana se encurvava sob a carga imensa. Essa agonia era até a morte.

Nenhum homem ou mulher, em toda a história da humanidade, passou pelo que Jesus passou, Deus “...o fez pecado por nós...” (2 Co 5:21). Mas não é somente uma batalha interior que vemos nesta ocorrência, mas também a mãe de todas as batalhas espirituais. O destino do mundo e porque não dizer, de toda criação, estava em jogo. O diabo e todas as suas hostes não poderiam perder esta batalha, e tentam com todas as suas forças vencer. O diabo sabe que esta será a batalha derradeira. Outras batalhas já foram travadas e perdidas, ele tentou derrotar os planos de Deus no jardim do Éden, onde ali mesmo ele foi condenado, e o instrumento desta condenação seria o próprio Cristo. Por toda a história do Antigo Testamento encontramos as investidas do diabo na tentativa de destruir a raiz da descendência de Jesus, bem como, quando Ele estava para vir ao mundo. E depois ele tentou Jesus em outra grande batalha e perdeu, mas esta será para ele a última oportunidade de vencer, ele sabe que aqui tudo será decidido.

A sua expectativa era que Jesus se acovardasse; que Jesus sentisse tamanho medo por toda a horrenda situação, por toda a dor e sofrimento pelo que haveria de passar e que Ele desistisse de tudo, e assim, não viesse a cumprir o propósito de Deus.

Mas a sua derrota foi consumada naquela noite. Em meio à grande batalha, o Senhor Jesus Cristo, ergue a voz aos céus, vencendo a tristeza, o medo, a dor, e declara que a despeito de tudo, que tudo o que fosse feito, fosse conforme a vontade de Deus Pai. Ele reconhece que a resposta não estava na Sua própria vontade, no Seu querer, mas sim em Deus. Mas ao mesmo tempo Jesus sabia que somente n’Ele, todas as coisas seriam consumadas. Assim como a derrota definitiva do diabo sobre todos aqueles que haveriam de ser salvos pelo sangue de Jesus.

O Senhor Jesus, lutou esta luta por nós, Ele, e só Ele, entrou neste campo de batalha, e sozinho enfrentou todo o poder do diabo e de suas hostes para que nós não tivéssemos que fazê-lo. Porque Jesus era o único que poderia enfrentar e vencer esta luta. Nós nada poderíamos fazer.

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito, pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme a imagem do Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou, aos que justificou, também glorificou. Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de Ti, enfrentamos a morte todo dia; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro. Mas em todas as coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem anjos nem demônio, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” – Romanos 8:28-39 (NVI)

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