19 de ago. de 2008

COMO CHEGAR A DEUS? (parte 3)

Voltemos para o texto de Romanos 11:33 – “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!”
O termo utilizado pelo Apóstolo, que traduzido por, “Ó profundidade”, revela por si só, que este campo de conhecimento é de uma profundidade tal, somente comparável ao fundo do mar. É o que o termo no grego (bath'-os), quer dizer. E como nós sabemos, existem regiões onde a profundidade do mar chega a mais de 10.000 mts., e homem nenhum conseguiu chegar devido às altas pressões. Esse é o lar de estranhas criaturas criadas por Deus.

Mas o Apóstolo nos diz, que é nesse lugar, “inalcançável”, que se encontram as maiores riquezas para a nossa vida! João Calvino interpretava essa expressão, como sendo as “riquezas da sabedoria de Deus, que são demasiadamente profundas, para que a nossa razão seja capaz de sondá-las”.
Depois o Apóstolo continua falando dos “juízos” de Deus, que são insondáveis. Essa palavra no grego, parece mais um daqueles “palavrões” (an-ex-er-yoo'-nay-tos) (fonética: anexeryuneitós), o que significa: “isso que não pode ser procurado fora”. Neste ponto o que seria este juízo de Deus?
No grego, a expressão “juízo”, referindo-se a Deus, são muitas coisas, tais como:
  1. Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97.2).
  2. Sentença dada por Deus (Jr 48.47).
  3. A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119.39).
  4. Na expressão "juízo final" ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1.5; Mt 10.15; At 24.25).
  5. Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72.1; Pv 21.3).
  6. O próprio tribunal (Sl 112.5).
  7. Boa saúde mental (Mc 5.15; 2Co 5.13).
Portanto, podemos afirma com toda a certeza, que o Apóstolo está dizendo, que: “ninguém pode procurar a sua absolvição em outro lugar, senão, no lugar certo!”
Agora ele fala dos “caminhos” de Deus, que são inescrutáveis, (an-ex-ikh-nee'-as-tos) (fonética: anéxrríatós), ou seja: “isso não pode ser procurado fora, isso não pode ser compreendido”. No sentido bíblico, os caminhos de Deus, que são as Suas ordenanças, quando obedecidas, levam o homem a viver corretamente. Parafraseando seria: Obedecendo as ordenanças divinas, age de maneira divina.

Para melhor entendermos o que o Apóstolo Paulo disse neste texto maravilhoso, poderíamos resumir da seguinte forma: “Os juízos de Deus, não são difíceis de descobrir, mas sim, totalmente impenetráveis. Os caminhos de Deus, não são difíceis de ser encontrados, mas simplesmente impossíveis de achá-los”.
Aqui eu respondo de forma bastante condensada, a todos os argumentos do homem, suas filosofias e conceitos, que é impossível para o homem, encontrar a absolvição da sua culpa e viver uma vida digna, por si só, por meio de seu esforço próprio e que por essa razão, ele está caminhando direto para o inferno, a não ser que ele encontre o caminho.

Mas qual é esse caminho?

Todos nós nos lembramos da saga de Jacó, que ao fugir da ira de seu irmão, quando a meio caminho ele, ao dormir, tem um sonho ou a visão dos céus se abrindo, então vê uma escada, e nessa escada, ele via miríades de anjos que subiam e desciam. Leia Gênesis 28:12 – E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela.”

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