12 de jun. de 2010

A ORAÇĂO DO PAI NOSSO - Mateus 6:9-13

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Este texto, foi um sermão que tive o privilégio de ouvir do Dr. Russell Shedd, na Conferência Missionária da Missão Kairós em 1998. Fiquei muito impressionado! Tenho certeza que esta palavra, irá mudar a forma como você ora ao Pai.
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Um conhecido missionário no início deste século, John Hyde, quando seu irmão que tinha o chamado para o campo missionário na Índia, faleceu repentinamente, tomou seu lugar.


E enquanto ele viajava esta longa, longa viagem. Semana após semana de navio, estava ele, abrindo cartas quando leu uma que dizia, “Caro John, se você não ficar cheio do Espírito, você não vai fazer nada na Índia, em um país cheio de idolatria, milhões de ídolos, poder satânico, você não vai conseguir nada.”

Ele ficou com muita raiva, jogou a carta torcida no chão, e ficou batendo o pé, até que Deus quebrantou o seu coração. Quando ele se acalmou, foi procurar a carta, e se colocou diante do Senhor admitindo que sem algum poder extra, ele não teria possibilidades de fazer qualquer coisa que viesse a valer a pena na Índia.

O resultado dessa oração, foi que John Hyde, se tornou o homem de certo modo, mais conhecido na história de missões, na área de oração. Ele facilmente gastava duas semanas orando. Se esquecia de comer com tanta empolgação e dedicação de joelhos na oração.

O objetivo aqui, é de que todos nós pensássemos por alguns instantes, o que é que torna uma oração – oração – e não uma reza. Os irmãos sabem que existem muitas palavras faladas, que não passam de uma reza, uma repetição de palavras, mas sem oração, sem contato com o Senhor da glória, sem qualquer resposta, porque Deus não escuta reza, Ele escuta oração.

E para nós entendermos isso, me parece válido repensar esta pequena oração que o Senhor Jesus ensinou aos Seus discípulos. Que também, pediram, sentindo esta necessidade: “Senhor, ensina-nos orar...”.
Eu acho muito triste, que esta oração que deveria ser uma espécie de peneira para testar toda oração que fazemos, acabou se tornando uma reza. E hoje em dia, muita gente repete esta oração como reza, e não como oração. Eu pessoalmente acho, que o Senhor Jesus não desejava que seus discípulos simplesmente repetisse esta oração, mas sim, que eles e nós também, ficássemos atentos aos princípios nela contidos, a fim de que toda oração tenha estes elementos básicos.

Outro aspecto desta maravilhosa oração "modelo", é o aspecto missionário que ela possui. Quando observarmos melhor esta oração à luz de missões, iremos descobrir também, o quão profundo e grandioso é o chamado missionário dado à Igreja.

Portanto, vós missionários, pescadores de homens, futuros mártires pela causa missionária, mando que orem desta forma: "Pai nosso que estais nos céus santificado seja o seu nome, venha o teu Reino, faça-se a sua vontade assim na terra, como no céu, o pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa as nossas dívidas assim como nós também perdoamos aos nossos devedores e não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre, amém!"

Eu não quero apenas ler estas palavras. Eu queria que todos nós curvássemos as nossas cabeças e orássemos, que meditássemos nesta noite, sobre o que Jesus disse. Vós orareis desta forma, não como os pagãos que estão interessados em prosperidade material, em um bom casamento, ou em outras coisas... Mas orem, amados irmãos, para a santificação "do Nome que está acima de todo nome", para a vinda do Reino, para a vontade de Deus ser feita em nossa igreja e vidas... Para a santificação do pão nosso que desce do Céu, daquele que dá energia para o suprimento da Igreja, que dá vida a todos nós, que é perdoador de nossos pecados (particularmente o da omissão), que nos livra do maligno, que tem todo interesse em colocar mais grades na Janela 10-40, e em outras janelas que são verdadeiros buracos negros neste mundo.

Vamos orar, irmãos... "Senhor, nós não sabíamos como orar. Nós temos deixado esta oração para os católicos. Nós até a temos repetido em nossas igrejas, mas sem deixar o Espírito Santo, verdadeiramente, marcar nossas vidas. Estou pedindo, Senhor, que mais uma vez, como discípulos Teus, nós possamos ouvir a Tua voz dizendo: "Orareis assim...", para que não sejamos omissos nesta tarefa inacabada, Senhor. E, com muita gratidão, porque Teu é o Reino, Teu é o poder e Tua é a glória. Em nome de Jesus. Amém".

O Início da Oração:
Começa então, como todos lembram muito bem, com uma aproximação a um Pai, e não a algum professor ou alguma autoridade ou algum rei. É aproximar-se de um pai, “Pai, santificado seja o Teu nome...”.

Primeira petição:
Este primeiro pedido, chama a atenção pelo fato de que, em nosso mundo, particularmente hoje, agente percebe que tem nomes religiosos, que estão combatendo a importância e santidade do nome de Deus.

“Santificado seja o teu nome...”, com certeza significa “exaltar este Nome, acima de qualquer outro nome”. Em Filipenses capítulo 2, vemos que “o Nome acima de todo nome foi dado a Jesus, e todo joelho se dobrará, tanto no céu, na terra e debaixo da terra, diante deste maravilhoso Nome do Senhor Jesus”.

Então se, “santificar” o nome, for um pedido sério, é para que aquilo que acontecerá no fim, aconteça em certos lugares, onde não está acontecendo hoje. Em particular onde o nome do Senhor Jesus é desonrado, e um outro nome fica no seu lugar.

Todos devem se lembrar, de um livro escrito a alguns anos atrás sobre o Islamísmo, e que trouxe sobre seu autor uma maldição tal, que qualquer mulçumano teria direito de mata-lo sem qualquer conseqüência maior, ou ao contrário, teria direito até, a uma bênção da parte da religião islâmica. O fato é, que este autor teria, segundo se pensa, blasfemado contra o nome de Maomé.

O significado deste fato, como muitos outros casos, como por exemplo: o de um jovem que foi preso e quase linchado no Paquistão, justamente porque ele foi acusado, aparentemente falsamente, de ter blasfemado o nome de Maomé, um simples homem, nada santo. E assim muitos outros casos conhecidos de pessoas mortas por este delito tão grave para os mulçumanos.

O que é que significa, portanto, este pedido? É um pedido missionário, a fim de que este nome seja conhecido mais do que qualquer outro nome. É um pedido missionário, a fim de que seja santificado o nome de Deus, o nome de Jesus o Filho, acima de todos os nomes, acima de Maomé. Porque de fato, nos corações de mais ou menos - um bilhão e trezentos milhões de habitantes nesta terra - o nome de Jesus, está abaixo do nome de Maomé.

Meus amados irmãos, quando nós pregamos o Nome, quando nós levamos o conhecimento deste Nome que tem todo o poder, nós estamos desejando a Sua santificação. Amados, este Evangelho da graça do Nome de Deus, do Senhor dos senhores, será pregado hoje ao redor do mundo através das rádios, folhetos, por meio de pregadores e de testemunhos pessoais, por isso eu rogo a Deus, eu rogo ao Pai, que este Nome não seja pisado, mas que seja santificado. Os irmãos estão prontos para orar por isto, todos os dias, até a vinda de Cristo?

Na Palavra de Deus está muito claro, que “não há outro nome, dado aos homens, pelo qual se pode conseguir a salvação”. É por isso que este Nome tem que ser santificado, tem que ser o Nome que quando uma pessoa está enfrentando tristeza na vida, procure. Quando a pessoa está enfrentando o desengano médico, que ela procure este Nome.

Como se conta no livro, “Eles viram o inferno”, o médico cardiologista cuidando de um paciente, de repente o monitor mostra que o coração tinha parado, os olhos viraram e ele cai então do aparelho de exercícios, e quando através de todo aquele processo de emergência, os olhos voltam ao seu lugar e ele começa a falar de novo, e sabe o que ele disse?

“Doutor me ensina uma oração” - o mesmo pedido que os discípulos fizeram - eu não sei orar, eu estou caindo no inferno, me ensina uma oração. O médico que não era crente, um puro humanista, secularizado, disse: eu sou médico, eu não sou pastor. Doutor, me ensina uma oração, apavoradíssimo. Então o médico disse o seguinte, bem cinicamente, fala o seguinte: “Jesus é o Filho de Deus, e Tu me salvas do inferno, eu sou Teu, estou me pendurando no Teu gancho”.

Aquele homem recém voltado do inferno, segundo pensava, se salvou na hora pelo poder deste Nome, e se ele estiver vivo, porque ele foi recuperado, ele deverá estar pregando este Nome, porque ele foi salvo na hora. E o médico também se salvou, porque ele dá uma advertência, “nunca faça uma oração em nome de Jesus, se você não que ser salvo também, você pode ser apanhado no poder deste nome”.

Quando nós oramos “seja santificado o Teu nome”, estamos orando uma oração missionária, que todo outro nome seja rebaixado, e o Nome que unicamente merece, no mundo inteiro, entre todas as criaturas inteligentes, seja reconhecido, que este Nome seja exaltado. Exaltado na terra onde o querido irmão, trabalha anunciando o Nome pelo qual, qualquer pessoa O invocar, venha a ser salvo.

Segunda petição :
Desta tão conhecida oração, é: “...venha o Teu reino”. A palavra “reino”, é mau traduzida, significa “reinado”. Não é um reino como o reino unido, também não está falando do Brasil ou Zaire, no sentido de uma área geográfica. A geografia de Deus, já existe neste mundo, já está formada neste mundo.

O que estamos pedindo então, é, “venha o Teu Senhorio de autoridade de Rei; reinado”. Venha significa que ainda não chegou. Os irmão lembram que quando o Senhor Jesus começou a pregar como missionário enviado do Pai, Ele começou a pregar sobre a chegada do reino, – tem chegado o reino ou está próximo o reino – dependendo da tradução.

Mesmo que tenha chegado na pessoa de Jesus, sabemos que o reino ainda não chegou. E nós estamos vivendo entre os dois intervalos, a vinda do reinado e a vinda reconhecida do reinado.

No coração de cada irmão aqui, que está disposto a fazer a vontade do Rei, o reinado já chegou. Cristo é rei, mas em todos os corações onde Ele não é Rei, nós estamos pedindo que Ele venha. Que Ele venha dominar como súdito do Seu reino, todos aqueles que não reconhecem Jesus Cristo como seu e nosso Rei e salvador. “Venha o Teu reino”.

Ora, o que estamos fazendo aqui, senão um pedido por Missões; senão, um pedido, para que o número de gentios se complete e que, os judeus, sejam reenxertados na oliveira, como lemos que seriam (Rm 11:15), pela vontade de Deus que detêm todo o poder?

Os queridos irmãos que estão anunciando a realidade, buscando em primeiro lugar o reino por terem saído de sua terra e levar este maravilhoso Evangelho até o mundo, com certeza estão relembrando o fato de que este reino ainda não chegou em grandes buracos negros deste mundo.

É como nas parábolas onde o Rei sai da terra, mas Ele volta, por isso aguardamos a vinda final do reino, quando o Rei vai tomar posse do Seu reino. Até esse momento chegar, observemos que a Bíblia é clara quando diz que - o reino virá apenas após o Evangelho ter sido pregado a todas as nações como testemunho - Mt  24:14. Quando o Evangelho do reino estiver pregado por todo o mundo, para testemunho à todas às etnias, todas as divisões e famílias da terra. ENTÃO VIRÁ O FIM!

Portanto, pedir que Deus mande o Seu reinado sobre a terra, de uma forma visível, dominante, somente após, nós cumprirmos a nossa parte! De levar o reinado até o corações para eles poderem decidir se eles querem este Rei, ou rejeitam este Rei.

Terceira petição:
"...Seja feita a tua vontade...". Afinal, qual é o problema da falta de interesse missionário? É simplesmente o de sobrepor a minha vontade à vontade de Deus. É deixar o Reino em segundo, em terceiro lugar, depois das coisas que nos interessam. E como Jesus Cristo teve que se curvar diante da vontade do Pai e ir à cruz para que estivéssemos aqui, nesta noite, nós temos que colocar a nossa vontade, a vontade da nossa igreja, a vontade da nossa diretoria, a vontade de um carro novo, de uma casa própria... debaixo da vontade de Deus.

Se não chegarmos a isto voltaremos novamente à estaca zero e estaremos adornando as covas do inferno com plaquetas em cima com aquela citação: "Eu sempre fiz o que quis, exatamente como quis e quando quis!" Esta, irmãos, é a diferença entre Inferno e Céu.

Quarta petição:
“O pão nosso...” significa energia. Nós somos raquíticos, não temos poder, e é por isso que não fazemos Missões que requer gente robustecida com pão do Céu.

“O pão nosso cotidiano, dá-nos todo dia ou de dia em dia” - uma palavra nesta frase, desconhecida, é Epiúsias, “o pão cotidiano”, pode significar: o pão de amanhã, dá-nos hoje.

Todos se lembram que o Senhor Jesus, se identificou como o “maná que desceu do céu” - Jo. 6:49-51. E também que o “maná” da sexta-feira, dobrava-se a quantidade, para se não recolher no sábado - Ex. 16:22,23.

Segundo a Igreja primitiva, segundo o pensamento dos autores bíblicos, a vinda do Senhor Jesus Cristo, será amanhã, o amanhã escatológico (Escatologia é a doutrina ou ensino que trata das últimas coisas ou do fim dos tempos).

Se portanto, estão rogando a Deus, nessa quarta petição, “Senhor dá-nos o pão de amanhã, todo o dia”, significa exatamente o mesmo que se diz na Ceia do Senhor: “maranata”, vem Senhor agora e venha no fim, escatológicamente.

Significando o que? Exatamente o que o Senhor Jesus queria dizer, quando Ele disse que se não comermos Sua carne e o Seu sangue, não temos vida em nós mesmos. Todo dia, o filho de Deus, o servo de Deus, o missionário, precisa se alimentar do pão que é Cristo. Precisamos tomar e digerir espiritualmente o Seu sangue, “dá-nos hoje o pão de amanhã”, pois quando Jesus voltar, não precisaremos mais comer deste pão.
Dá-nos desse pão, todo dia, não nos falte nunca este pão, para que tenhamos energia para servir ao Senhor.

Todos nós passamos por períodos de desânimo, principalmente o missionário, o obreiro, exatamente pelas dificuldades do trabalho. Amados, a solução é “O PÃO DA VIDA” que é Jesus. Ele da forças extraordinárias, porque é comendo a Jesus, espiritualmente, que a gente fica cheio do Espírito, e cheio de amor pelas almas perdidas.

Dá-nos HOJE o pão de AMANHÃ, e não nos falte nenhum dia esse pão celeste.

Quinta petição:
“Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve;” qual a importância desta petição?

Creio que há dois aspectos relevantes nesta petição, sendo que a primeira é para nos lembrarmos e nos arrependermos, dos pecados de que nós estamos conscientes. Não acredito que vale coisa alguma, pedir perdão por pecados desconhecidos – perdoa aqueles pecados que eu cometi, mas eu não sei quais são.
Quando, portanto, eu faço esse pedido, eu preciso lembrar de algum pecado que eu cometi. Pode ser o maior pecado que qualquer pessoa cometeu nestes últimos dias ou semanas.

Numa ocasião, o Pr. Peter Lord, fez essa pergunta ao auditório: qual foi o pior pecado que já cometeu? Todo mundo ficou na duvida, se qualquer um teria cometido um pecado pior, somente aqueles pecados pequeninos que quase não dá para lembrar. De repente ele diz que o pior pecado, que nós podemos cometer, todos nós cometemos.

É de não amar a Deus de todo o coração, é quebrar o primeiro mandamento. Quebrar o primeiro mandamento, é o pior de todos os pecados. E a fonte de todo pecado, é justamente não amar a Deus de todo o coração, com toda a força e com todo o entendimento.

Daí, se a gente tem alguma consciência de não amar a Deus de todo o coração, devemos clamar: Senhor, peço que Tu transformes esta falta de oração, coloques em mim, um amor maior por Ti.

O outro pecado que devemos pedir perdão todo o dia, especificamente, é o fato que a ultima vontade do Senhor não se cumpriu, ainda. E todos nós somos culpados, não há ninguém que possa dizer: eu sou isento de culpa em relação à ultima grande comissão de Jesus, “ide e fazei discípulos de todas as nações”.

Falta de oração pelo povos, falta de pedir o que Jesus mesmo mandou que nós pedíssemos: “que o Senhor da seara, mande obreiros” para a seara grande, com tão poucos obreiros em relação à seara. Não seria este, um grande pecado? Perdoa esse pecado, e não pecados que a gente está, sem consciência.

Se você está pensando agora mesmo na oração do salmista, "Senhor, perdoa-me dos pecados que me são ocultos", como argumento que contradiga o que estou dizendo, então te falo o seguinte, "se você tem pecados ocultos a serem perdoados, é porque você cometeu um pecado ainda maior, que é o de deixar de pedir perdão pelo pecado cometido no ato em que ele foi cometido, ou ainda que se você se esqueceu do seu pecado, é porque você não tem orado o suficiente, ou não tem tido comunhão suficiente com o Senhor Jesus". A consciência de pecado todos nós temos, o salmista estava pedindo exatamente isso, uma consciência maior do que é pecado. Se você não pediu perdão por seu pecado e se esqueceu dele, é porque, talvez, te falte uma experiência maior da santidade de Deus na tua vida. Então clame ao Senhor por isso.

O segundo aspecto desta quinta petição, "perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores", é de certa forma a mais complicada na nossa relação com o Pai. Em primeiro lugar pedimos o perdão pelos nossos pecados. A questão maior aqui, é que, estamos vinculando o perdão dos pecados para nós, com a mesma intensidade com que perdoamos aos nossos devedores.

Ou seja, pedimos ao Pai que Ele nos perdoe da mesma forma como nós temos perdoado aqueles que cometem pecados contra nós. Mais uma vez, eu vejo dois aspectos aqui. O primeiro é doutrinário, ou seja, fala da minha relação com Deus em primeiro lugar e com meu próximo em seguida. Fala que a paga da minha dívida pelo Senhor está diretamente ligada com a maneira como eu encaro a dívida do meu próximo para comigo. Qual o tamanho e extensão do seu perdão para com o seu próximo, tal intensidade será para você da parte de Deus, em relação aos seus pecados.

O segundo aspecto, é missionário. Primeiramente você clama pelo perdão dos seus pecados diante de Deus, vinculando com a maneira pela qual você têm tratado com o seu próximo. Portanto, é missionário, no momento que você é perseguido pela fé que professa. É então, neste momento que entra em cena, o aspecto missionário desta petição.

Imagine a igreja perseguida, os missionários presos e torturados por amor a Cristo, muitas vezes em momentos terríveis. Estes servos de Deus, se vêm diante de um dilema tremendo, o de prosseguir na fé e no amor ao próximo, ou o de buscar a libertação das aflições a qualquer custo. Lembra-se do maior missionário de Deus? O Senhor Jesus?

Quando Ele estava no Monte das Oliveiras, e Ele dizia ao Pai que possível fosse, Lhe tira-se o cálice de dores, mas que antes de tudo, antes mesmo do Sua própria libertação e conforto, que se fizesse não o que Ele desejasse, mas o que o Pais quisesse. Seu clamor intenso resultou em sangue.

É neste aspecto que vejo esta petição, nesta oração. Se desejamos que Deus perdoe os nossos pecados, as nossas faltas e os nossos erros, então que nossa atitude para com o nosso próximo seja na mesma proporção que desejamos ser tratados pelo Senhor. Se você diz que perdoa as dívidas do seu próximo, então não deixe o rancor e ressentimento tomar conta do teu pensamento e do teu coração, e derrame todo amor que Deus tem tido por você, agora para o seu próximo.

Sexta petição:
“...não nos deixes cair em tentação...”, ou como está no grego, em “provação”. Tentação sempre tem junto uma provação, e provação sempre tem junto uma tentação.

Quando Jesus falou para Pedro, que satanás tinha pedido o direito de passar a ele pela peneira, e que Jesus tinha orado por ele, era justamente dentro deste contexto. Como também era o contexto da tentação de Jesus. Uma tentação materialista, de transformar pedra em pão.

É uma tentação de buscar fama, e importância neste mundo. De cair do pináculo, e ser salvo por um anjo, e não morrer. A tentação de se curvar diante de satanás, para receber autoridade política, para controlar as nações, ao invés de salvar as nações.

É TAMBÉM UM PEDIDO MISSIONÁRIO.
Não deixemos nunca entrar em nossa cabeça uma racionalização, de que seria melhor ter dinheiro do que ter almas, realmente transformadas.

A igreja católica, tornou-se uma das instituições mais ricas do mundo inteiro, é possível que ela própria não tenha idéia do quanto ela possui, em termos de pão, que foi tirado das pedras. Por falta de orar seriamente, “não nos deixes cair em tentação”.

Qual é a igreja mais famosa, qual é a igreja que agrega centenas de milhares de pessoas em qualquer parte do mundo, e quando aparece o chefe dessa igreja como se tivesse caído do céu, sem se machucar? Pode estar certo, este, caiu na tentação da fama.

Qual é a última tentação? “Domínio, Poder”.

Conta a história, que o rei Henrique IV da Inglaterra, ficou de joelhos na neve esperando uma audiência com o papa, para receber o seu reino. Ele não podia nem reinar, sem a autoridade do papa. Caiu na tentação do poder político.

O Senhor não está interessado, que qualquer um de nós, ou qualquer igreja, domine o mundo. Amados irmãos, aqui está uma oração, que nós podemos fazer constantemente, e passar por esta peneira, toda a petição que nós fazemos.

Que Deus tenha um NOME, não somente conhecido, mas EXALTADO, que todos saibam, que por meio deste Nome, só invocar este Nome, há salvação. O mundo inteiro precisa saber que Deus é Rei, que o Seu Filho tem um Reino, “o reino do Filho do Seu amor”, e esse reino precisa vir, mas só virá, depois de nós cumprirmos Sua última vontade: “Ide e fazei discípulos de todas as nações”.

Que Ele é a fonte de energia, para toda a boa obra, não há duvida nenhuma!
Que nós nos arrependamos, pela falta de interesse de levar o Evangelho à todo o mundo, principalmente aqueles buracos negros, que a gente vê no mapa, aonde não tem igreja nenhuma, nenhum crente em Jesus.
Em último lugar, que nós não caiamos na tentação, que sempre desvia a igreja, do Seu interesse, MISSIONÁRIO.

Oremos, então!

2 comentários:

Paulo Fagundes disse...

Prezado Pastor Menga,

Gostei muito do artigo e como sei que você não vai se opor postei no meu blog.

Podemos observar que sempre somos chamados para o trabalho missionário. Acorda igreja, precisamos orar por isso.

Em Cristo,

Paulo Fagundes.

http://tomeasuacruzesigame.blogspot.com/

SOLA GRATIA disse...

Claro meu irmão.
Que este texto possa abençoar todos os leitores do Tome a Sua Cruz e Siga-me.

E que o Senhor continue abençoando nosso querido Dr. Shedd.

Um forte abraço,
Pr. Menga