Eu ouso dizer que, em semelhante auditório como este, um número de Arminianos está presente. Temo que, em todas nossas assembléias públicas há também muitos deles. Contudo, talvez até mesmo estas pessoas, idólatras como elas são, possam ser capazes de censurar, e, deveras com justiça, o absurdo daqueles que adoram ídolos de prata e ouro, a obra das mãos dos homens. Porém, permita-me perguntar: Se for tão extremamente absurdo adorar a obra das mãos de outros homens, o que deve ser o adorar as obras de nossas próprias mãos? Talvez, você possa dizer: “Deus não permita que eu faça tal”. Todavia, deixe-me dizer-lhes que essa confiança, segurança, fé, e dependência para a salvação, são todos atos e mui solenes também, de adoração divina: e seja do que for que vocês dependam, seja em totalidade ou em parte, para sua aceitação com Deus, e para sua justificação aos Seus olhos, seja no que for que você se baseie, e confie para o alcance da graça ou glória; se existir qualquer coisa fora de Deus em Cristo, você é um idólatra em todos intentos e propósitos.
Mui diferente é a idéia que as Escrituras nos dão, do sempre bendito Deus, da daqueles falsos deuses adorados pelos pagãos; e dessa degradante representação do verdadeiro Deus, que o Arminianismo deseja manipular sobre a humanidade. Nosso Deus (diz este Salmo, no verso três) está nos céus: faz tudo o que Lhe apraz. Esta não é a idéia arminiana de Deus: porque nosso livre-arbítrio e nossa possibilidade de escolha nos diz que Deus não faz o que Lhe apraz; que há um grande número de coisas que Deus desejaria fazer, e tenta e Se esforça para fazer, e, todavia não pode trazer à execução....É o deus deles o Deus da Bíblia? Certamente não. O deus deles “se submete” às dificuldades que ele “não pode ajudar” a si mesmo sair, e se esforça para fazer ele mesmo “fácil” sob milhões e milhões de inextricáveis embaraços, desconfortáveis decepções e derrotas mortificantes....Este esquema supracitado ascende, na escada da blasfêmia, ao topo da montanha do ateísmo; e então se arremessa deste precipício, no abismo da necessidade cega, adamantina, para provar os agentes livres da humanidade!
...Uma grande controvérsia entre a religião do Arminianismo, e a religião de Cristo é: a quem será conferido o louvor e glória na salvação de um pecador? A conversão decide este ponto imediatamente; porque eu penso que, sem qualquer imputação de falta de caridade, me aventuro a dizer que cada pessoa verdadeiramente despertada, pelo menos quando ela está sob o brilho da face de Deus sobre a sua alma, cairá sob seus joelhos, com este hino de louvor ascendendo de seu coração: “Não a mim, Senhor, não a mim, mas ao teu nome dá glória; não sou salvo por minha justiça, mas por tua misericórdia e por causa da tua verdade”.
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Traduzido por: Felipe Sabino de Araujo Neto - Cuiabá-MT, 15 de novembro de 2002.
2 comentários:
Certa vez ouvi um seminarista afirmar que John Owen era um herege, falou baseando-se no livro Por quem Cristo Morreu.
Como o mundo cristão rendeu-se ao humanismo!
Não voltaremos aos tempos da sã doutrina.
Em Cristo.
Eu costumo dizer que, humanamente é claro, que eu nasci em época errada. Às vezes faço viagens mentais, pensando como seria se eu pudesse ouvir pessoalmente, esses homens de Deus do passado.
Imagina só, acompanhar Calvino pregando expositivamente e lectius continua, Romanos, os Evangelhos, etc. Ouvir Spurgeon pregando para mais de 5.000 pessoas, sem microfone, sobre a maravilhosa graça.
É meu irmão, está difícil!
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