17 de fev. de 2010

O arrependimento numa perspectiva reformada

Arrependimento1Não podemos ignorar que o quebrantamento e o arrependimento que faz com que o  homem lamente profundamente pelos seus próprios pecados surgem de uma operação totalmente divina. “Deus… me fez desmaiar o coração”, disse Jó [Jó 23:16]. O homem caído não pode por si mesmo transformar o seu coração e caminhar para junto de Deus.

Charles H. Spurgeon certa vez pregou que “o diamante pode mudar seu próprio estado para tornar-se maleável, ou o granito amolecer a si mesmo, transformando-se em argila? Somente aquele que estendeu os céus e lançou os fundamentos da terra pode formar e reformar o espírito do homem. O poder de fazer que da rocha de nossa natureza fluam rios de arrependimento não está na própria rocha. O poder jaz no onipotente Espírito de Deus… Quando Deus lida com a mente do homem, por meio de suas operações secretas e misteriosas, Ele a enche com uma nova vida, percepção e emoção... O Espírito Santo nos torna maleáveis e nos tornamos receptíveis às suas impressões sagradas”.

O despertar do coração como a tristeza pelo pecado são produzidos somente quando olhamos, pela fé, para o Filho de Deus. Precisamos compreender que o verdadeiro arrependimento pelo pecado não acontece senão pelo Santo Espírito. Entretanto, o mesmo Espírito não realiza essa obra regeneradora sem fazer-nos olhar para Cristo crucificado, que o apóstolo Paulo pregou [1 Co 2:2] como também outros cristãos fiéis a Deus. Portanto, não há verdadeiro arrependimento enquanto vemos a Cristo Jesus! Não há salvação sem a contemplação da cruz!
 
Podemos ter certeza que quando realmente o Espírito Santo opera na vida do pecador, ele leva esse homem a olhar tão somente para o autor da fé. Portanto, não há possibilidade de alguém receber o Espírito de Deus para a salvação sem que, por meio Dele, olhe para Cristo e se arrependa dos seus próprios pecados e sua terrível iniqüidade.
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Texto original do Blog Fé Reformada, de autoria de Marcos Sampaio. Utilizada com a devida autorização.

Um comentário:

SOLA GRATIA disse...

Prezado Pr. Rivelino,
Graça e Paz.

Sim, este texto é muito abençoado.
Também já o estou seguindo.

Um forte abraço,
Pr. Menga