Nessa época voltada para o humanismo, têm-se espalhado a idéia de que os relacionamentos são mais importantes do que a realidade, que o homem é mais importante do que Deus, e que o amor uns aos outros é mais importante do que a justiça.
A verdade se tornou um sentimento subjetivo; já não é mais um fato imutável e definido. Por isso, conclui-se que a verdade tem pouca importância; só precisamos amar.
Mas se as palavras de Jesus tem valor, toda essa idéia é completamente falsa. Jesus disse que o primeiro grande mandamento é amar a Deus de todo o coração, alma, força e entendimento (Marcos 12:28-31).
Amar aos outros é o segundo mandamento. Há muitos que invertem esta ordem. Se amamos a Deus, temos que amar o que Ele diz (João 14:15; 15:14). Jesus perguntou: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Lucas 6:46).
A verdade é de extrema importância em nossa relação com Deus e temos que, conhecer a Verdade (João 8:32; 1 Timóteo 2:4); obedecer à Verdade (1 Pedro 1:22); adorar em Verdade (João 4:24); andar em Verdade (2 João 4); armar-nos com a Verdade (Efésios 6:14); e amar a Verdade (2 Tessalonicenses 2:10). Aqueles que, se desviam da Verdade estão perdidos (Tiago 5:19); aqueles que, não andam segundo a Verdade devem ser repreendidos (Gálatas 2:14); aqueles que, mudam a Verdade são detestados por Deus (Romanos 1:25); aqueles que, não estão na Verdade seguem seu pai, o Diabo (João 8:44).
Tornar o amor mais importante do que a verdade é tornar o homem mais importante do que Deus e fazer o segundo mandamento mais importante do que o primeiro. "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17).
Quando o Apóstolo Paulo pregava aos adoradores de ídolos de Atenas, ele disse: "Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (Atos 17:30). Este versículo é muitas vezes usado para sugerir que Deus não condenará aqueles que nunca ouviram o Evangelho, e, para desculpar as falhas dos cristãos em ensinar seus vizinhos ou levar o Evangelho às áreas mais remotas.
Mas esta interpretação não atinge o intuito do versículo e contradiz outras passagens. Paulo faz uma distinção entre os pecados da ignorância cometidos no passado (antes da vinda de Cristo e do Seu Evangelho) e a exigência de Deus de arrependimento agora. No passado, Deus não levou em conta os tempos da ignorância. Agora, Ele exige que todos os homens, em toda parte, se arrependam. Consideremos algumas outras passagens para esclarecer este ponto.
Pedro disse que os judeus mataram Jesus por ignorância (Atos 3:17). Será que isso significava que eles poderiam ser salvos sem obedecer ao Evangelho? Certamente que não. Ele lhes disse que se arrependessem e se convertessem para cancelar seus pecados (Atos 3:19).
Paulo descreveu-se como, o maior dos pecadores (1 Timóteo 1:15), apesar de que agiu em boa consciência (Atos 23:1) e por ignorância (1 Timóteo 1:13). Ele diz que recebeu a misericórdia de Deus por causa de sua ignorância. Significa isto que ele foi salvo sem ouvir e obedecer ao evangelho? Claro que não. Ele teve que conhecer a Cristo, crer nele, e ser batizado para remissão dos seus pecados (1 Timóteo 1:14-16; Atos 22:16).
Em 2 Tessalonicenses 1:8, Paulo disse que Jesus punirá eternamente aqueles que "não conhecem a Deus" e aqueles "que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus". A ignorância não é defesa. Aqueles que pecam, mesmo que nunca ouçam o Evangelho, estão condenados por causa de seu pecado. Os cristãos que compreendem este fato verão a maior urgência de nosso trabalho de espalhar o Evangelho. Deus "é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9).
Para completar, em Gálatas 3:10 lemos: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” Em outras palavras, “MALDITO todo aquele que não respeitar TODAS as coisas escritas no livro da Lei, para realizá-las.”
Pr. Menga
O Amor é mais importante do que a Verdade? by Sergio Luiz Menga is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 3.0 Brasil License. Permissions beyond the scope of this license may be available at http://smenga.blogspot.com/.
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4 comentários:
Olá graça e paz,benção pura seu artigo. Estava lendo que um dos significados da palavra verdade é : Principio certo ,jesus é a origem o inicio de todas as coisas a verdade, o amor. A verdade liberta, pois onde há o amor = a verdade não há temor, não há cadeias. I João 4:8,9 Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: Que Deus enviou seu filho, a verdade ao mundo, para que por Ele vivamos, existamos. Jesus é a verdade , a fonte inesgotável do amor. Se quiser nos fazer uma visita será uma alegria. Que 2010seja um ano pleno de qualidade de vida que só em Jesus podemos encontrar, um abração pastor e fica na paz.
blogdamulhercrist.blogspot.com
Prezada Ana Cláudia, feliz 2010.
Obrigado por seu comentário, preciso por sinal.
Que o Senhor continue a abençoá-la.
Pr. Menga
Não há fundamento em opor amor contra a verdade e a verdade em oposição ao amor como propõe o articulista. Se estivermos falando em termos de verdade bíblica e amor bíblico elas jamais estarão em lados opostos. O que autor talvez pretenda dizer é de algum sentimentalismo que ele chama de amor, mas amor bíblico não é um mero sentimentalismo. Há uma confusão por parte do autor em termos de definição do que é amor. Ele não define em nenhum lugar o que ele entende como amor, mas implicitamente ele entende amor como um sentimento humano, uma emoção. Amor bíblico pode envolver as afeições, mas não podemos igualar amor como um sentimento. Paulo define amor em I Co 13 e lá ele não colocou amor contra a verdade e vice-versa, antes pelo contrário ao descrever a verdadeira natureza do amor ele falou...
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; [I Co 13:4-6]
Como também apresenta a verdade intrinsecamente ligada ao amor em...”Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo [Ef 4:15]
Portanto não há contradição de termos como propõe o autor. Amor e Verdade [Bíblicas, é claro] nunca se chocarão. Jamais entrarão em rota de colisão, pois ambos aspectos derivam de um mesmo ser, Deus, que é Amor [I Jo 4:8] e que é Verdade [Jo 14:6].
Assim a pergunta do autor, que dá título ao seu artigo está adequada. O amor bíblico não é mais importante que a verdade, porque se não houver verdade não há amor bíblico. O AMOR É TÃO IMPORTANTE QUANTO A VERDADE!
Pr. Luiz Correia
[Prega a Palavra]
Prezado Pr. Luiz Correia,
Graça e Paz.
Agradeço muito por seu comentário, e observações. Levarei em conta, prometo!
Apenas gostaria de afirmar algo que, talvez, o irmão não tenha percebido.
"Em nenhum momento, no texto lido, procurei fazer qualquer oposição entre o amor e a Verdade."
Mesmo porque os textos bíblicos ressaltados, já mostram o que o irmão apontou em seu comentário, que é mostrar que o amor e a verdade caminham juntos.
O obejetivo único do texto, foi o de apontar os erros cometidos por muitos cristãos hoje em dia, que acham que o amor é suficiente no que diz respeito ao evangelismo, aos relacionamentos, etc.
E nestes casos, o irmão está correto quando diz que o amor é só um sentimento humano. Assim como o Amor de Deus é embasado na Verdade dEle mesmo, nosso evangelismo e nossos relacionamentos devem ser alinhados à verdade.
Amar abrindo mão da verdade, não é bíblico.
Um forte abraço,
Pr. Menga
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